A angústia é o estado natural do ser humano. Ela é cria da incerteza perante a finitude das coisas e a infinidade das possibilidades. Há infinitas formas da vida nos tirar o que é importante.
O que vai acontecer amanhã? Ninguém sabe. Talvez o seu amor vá embora. Talvez você descubra uma traição. Talvez alguém importante na sua vida morra. Talvez aconteça uma tragédia, um acidente. Talvez a sua vida mude radicalmente. Talvez você não acorde e o amanhã seja só uma miragem do destino. Quem sabe?
A vida é uma experiência solitária e não oferece certeza alguma. Nós nascemos no pranto e vivemos na angústia, ela é a realidade subjacente ao ser, a paz é uma ilusão momentânea. Este é preço da consciência: onde há vida, há angústia.
Mas ela não é de todo má. Mãe da ansiedade e filha da incerteza, ela paralisa o fraco e move o forte. É má conselheira, mas excelente professora que nos força a confrontar a realidade e a buscar soluções para as nossas dores.
Ainda que o tempo alivie a dor, a angústia só cessa com a ação. É um empurrão da alma para nos fazer agir em busca da promessa de prazer e pela possibilidade de alívio. Mas, no fim, isso não garante nada mais que um breve intervalo de serenidade existencial.
Amar a si mesmo é abraçar a própria angústia. Todo o resto é ilusão.
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