Considerações Sobre as Raízes Históricas, Míticas e Misticas da Umbanda

Por Aralotum
A Umbanda é difícil de ser compreendida em sua completude, talvez ninguém a conheça, talvez apenas nossos guias e mentores é que conhecem verdadeiramente a Umbanda. De todo modo, precisamos estar esclarecidos até onde podemos e até onde a nossa mente consegue alcançar.
O Fenômeno do Transe: Transe Mediúnico

Por Aralotum
A mediunidade não é algo fácil de ser compreendida. Primeiro, é preciso aceitá-la para que faça sentido. Como o próprio nome sugere, o médium atua como mediador entre o mundo físico e o mundo astral. Ele não deixa de ser médium quando está fora do seu templo, ele está em contato com seres espirituais de toda sorte, a todo momento. Por isso o médium deve sempre estar em constante vigilância, pois suas afinidades é que ditarão quais serão seus espíritos próximos e familiares.
O Esoterismo de Umbanda: O Cristo Cósmico

Por Aralotum
“Versículo 1. O BRA-ShITh que fundou a Aliança Eterna, o Princípio é o Verbo e o Verbo está em Deus: é a Razão Divina ordenando as suas Potências.
“Versículo 2. Esta Ordem dos ALHIM é o Universo Divino, o ato direto de Deus, é o mesmo em sua Palavra. É seu ATh, sua Essência e, de ALeph a ThO, suas letras são os Deuses, os Alhim, os Arcanjos.
“Versículo 3. A Palavra Existia, pois, antes que o Nada. Ela criou Tudo. Pois sem Ela, Nada haveria sido evocado, Nada haveria Existido.
“Versículo 4. Nela estava a Vida Eterna; e a Vida era AOR, Luz e Critério de ADaM.”
(Evangelho de S. João, traduzido por D’Alveidre, em A Teogonia dos Patriarcas)
Umbanda: Ponto de Convergência

Por Aralotum
A umbanda nasceu como um movimento religioso baseado na manifestação de vários espíritos que, sob suas roupagens, deliberam os ditames, as regras, os ritos, a doutrina, a disciplina e tudo aquilo que forma a base de qualquer agrupamento umbandista. Tem como ponto histórico a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que promoveu a organização da Umbanda enquanto movimento. Mas Umbanda não limita-se a isso, sua natureza democrática permite a comunicação com todas as formas de conhecimento, tornando-se assim sua síntese e o caminho por onde eles se convergem. Em sua doutrina mais secreta, a Umbanda guarda chaves de conhecimentos tão antigos quanto a própria humanidade, chaves sem as quais tais conhecimentos se perderiam por completo no fetichismo popular de todos os tempos. Essas chaves são usadas nos processos mágico-mediúnicos no interior dos templos através de símbolos tão simplistas que poucos conseguem compreender sua profundidade, caindo, a grande massa, no mesmo fetichismo.
Biage-Ifá: Relações Elementares (1)

Por Aralotum
Estendendo nossos ensaios sobre o Oráculo, pouco conhecido, como Biage-Ifá, e sua aplicação mágico-oracular através de um cabalismo profundo encontrado nas religiões afrobrasileiras, lembro que o Biage-Ifá é somente a ponta de um iceberg de conhecimentos encontrado nas águas límpidas do saber da Tradição Antiga. O conhecimento sobre Ifá é muito maior do que possamos imaginar. Naquilo que há de mais essencial, Ifá nos traz a contemplação dos mistérios que deram origem ao Universo e a toda existência.
Biage-Ifá: O Oráculo de Biage

Por Aralotum
“Havia um adivinho chamado Ifabiage. Ele tinha um filho chamado Adiatoto, a quem ensinara seu maior Awo (segredo), a arte de atirar os obis para a divinação. Na casa de Biage havia outros meninos, crianças que o obedeciam como pai e que ele considerava como seus próprios filhos. Todos se tinham como irmãos, mas Adiatoto, que era o mais novo, era seu único filho verdadeiro.
Quando Biage morreu, todos aqueles filhos adotivos lhe roubaram tudo o quanto tinha, e seu filho, Adiatoto, ficou passando dificuldades. Tempos depois, o Obá, Rei do Povo, quis averiguar a quem pertencia aqueles terrenos e mandou consultar por seus donos. Apareceram muitos supostos donos, os filhos adotivos declararam que os terreno lhes pertenciam, mas não tinham prova que os creditassem e que constituía o segredo. O Rei se viu obrigado a publicar através de seus porta-vozes o direito que tinha quem apresentasse as provas.
Adiatoto teve notícias de que o andavam procurando. Ao apresentar-se pediram-lhe as provas, e como somente ele era o único que sabia, porque seu pai o havia ensinado, disse: “─ Isso é meu. Irei aos muros que dividem as terras e atirarei os obis ao chão, se caírem de boca para cima, essa é a prova que meu pai ensinou.” Assim foi, ao atirar os cocos, todos responderam com Aláfia, então o Rei fez entregar para ele todos os terrenos que foram usurpados pelos falsos filhos de Biage.”
(Odu Ose-Irete)
UMBANDA: Várias Formas, Várias Práticas

Por Aralotum
A Umbanda, em seu seio, não discrimina nem recrimina nenhuma forma de pensar, justo motivo, por ser uma religião livre de dogmas, cartilhas ou códigos a que todos os templos devam seguir. Isso a faz ser livre em seus pensamentos, idéias, filosofias e práticas principalmente, criando assim uma gama muito grande de cultos ou apresentações diferentes sobre aquilo que é a religião em si.
Minha Mãe Ancestral

Por Me. Obashanan
“Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros quando eu
Ìgbàmú ile
Cumprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros da noite
Ìgbàmú ile
Todas as vezes que comprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz”
(Cântico a Iyá-Mi)
O Que é Caridade?

Por Me. Obashanan
O termo “caridade” vem do latim caritas (amor), de carus (caro, de alto valor, digno de apreço, de amor). Identifica-se hoje, freqüentemente, a caridade com um afeto piegas que se traduz por gestos de assistência paternalista. O termo evoca, imediatamente, a idéia de esmola, tanto que a expressão viver de caridade pública, significa viver de esmolas. No entanto, caridade é algo bem mais profundo.
O Fenômeno do Transe: Transe Anímico

Por Aralotum
O transe está presente em quase todas as manifestações religiosas do sec. XXI. Por via de regra, é uma ponte de contato com espíritos, potestades ou, quando não, com a divindade, propriamente dita. O transe, assim como outros aspectos da religiosidade, está intimamente ligado na maneira do ser de se comunicar com o sagrado, receber seus ensinamentos, suas bênçãos e transmitir isso a outras pessoas, a uma coletividade afim.